Em matéria do IGN Brasil, portal de notícias especializadas em games, foram analisados os efeitos do Xbox Game Pass nas estratégias dos desenvolvedores e criadores de jogos, tanto para os que têm seus títulos disponíveis na plataforma, quanto para quem compete com a biblioteca do Game Pass.
O Xbox Game Pass e seus efeitos
A existência do catálogo repleto de jogos no Xbox Game Pass mudou como muitos jogadores escolhem seus games, já que com a assinatura ativa, é fácil alterar entre um jogo indie (independente) como “Hollow Knight: Silksong”, sensação deste mês entre os lançamentos, para um título renomado, de alto investimento e qualidade, como “Indiana Jones and the Great Circle”.
Esse ambiente de variedade trazido pelo Game Pass, tanto em estilo quanto em número de jogos, é vantajoso para quem joga, mas traz alguns desafios, às vezes complicaods, para quem cria e desenvolve estes jogos.
Desafios reconhecidos pela empresa MachineGames
Jens Andersson, diretor de design da MachineGames, falou em entrevista ao “The Game Business” sobre como este tipo de serviço de assinatura influencia o modo de projetar os jogos, citando o comportamento observado de muitos jogadores, que “entram por cinco minutos e desistem”, ou seja, na visão dele, não experimentam o jogo por um longo tempo.
“Quanto ao Game Pass… conhecemos o comportamento dos jogadores. Eles entram por 5 minutos e vão embora. Certas decisões podem ser tomadas com base nisso, mas ao mesmo tempo não devem ser feitas muitas concessões. Tem que ser um ótimo game para o jogador que o experimenta até o fim” – disse Jens
(Aspas retiradas do IGN Brasil).
Além desta visão, existe um outro pensamento, que consiste em desenvolver para atrair quem experimenta pouco, porém sem perder a identidade, narrativa e profundidade para quem realmente vive a história e joga até o fim.
“Isso é o mais importante para nós [que os jogadores terminem a campanha], pois somos um estúdio focado na história. Você sempre sabe que deve se preocupar mais com isso, mas ao mesmo tempo, você se importa com a perspectiva geral” – explicou o designer. (Aspas retiradas do IGN Brasil)
Visão do player e do desenvolvedor
De acordo com a visão de Jens e da MachineGames, o modelo de assinatura traziado pelo Game Pass força os desenvolvedores a pensar em outros requisitos, além das preocupações naturais, como gráficos, desempenho, história, e agora, prender rapidamente a atenção do jogador, pois o catálogo variado pode induzir ele pode abandonar algo que não o cative já nos primeiros minutos de jogo.
Porém, essa variedade e novo estilo proposto não significa que tudo relacionado a plataforma seja superficial, por isso que empresas desenvolvedoras como a MachineGames procuram balancear entre cativar e atrair o cliente logo no início sem comprometer a profundidade e a experiência de quem quiser jogar mais, aproveitando integralmente o jogo.
Esse tipo de adaptação talvez se torne cada vez mais comum entre os gamers, que hoje misturam jogos com narrativa forte e outros que são mais diretos e por vezes, superficiais. Pelo lado dos desenvolvedores, a ideia é cuidar muito do primeiro contato com o jogador, incluindo tutorial, primeiros momentos, atmosfera, para prender a atenção de quem costuma experimentar por pouco tempo.